quinta-feira, 27 de março de 2008

Pós-naufrágio


Olhei para longe e logo percebi,
Estava perdido distante de tudo
Quase não acreditei no que vi
Há!É o céu.Deixou-me mudo
Me separou da realidade e logo
Senti a brisa em meu rosto
O vento a me avisar-é noite.
O brilho que existe é pouco
Para ver estrelas é o bastante.
Por muito tempo assim fui longe!
E quando acordei lembrei de ti
Já era manhã e eu não esqueci
Sua respiração,lagrimas,o brilho.

Sobre mim e você


Se não houvesse tantas lagrimas
Ao redor e dentro desta sala
Eu até que poderia entendê-la
Estou aqui para que não temas
E não me condene pela vida
Que não pude oferecer-te
Não crie mais uma ferida
Não beije a face da morte
Entenda que não te amo assim
Mas te quero perto de mim.
Não te deixarei enlouquecer
Perdida na vida e não amada
Nas profundezas de sua mente
Tornarei a ruína algo ausente
E a infelicidade não terá nome
Pois ela perdera sua voz ao vê-la

sábado, 15 de março de 2008

O ser


Por algum tempo eu escondi
Um sentimento nunca sonhado
Que sempre esteve enterrado
E só agora pude ver.

Eu nem mesmo poderia saber
Que dentro de mim existia
Algo assim tão humano
Pois eu fui a muito, embora.

Nem posso descrever
Se estou em profundezas
Ou se meu coração foi arrancado.
Em ambos sinto frio.

E só agora que eu me apercebo
Quem é o verdadeiro monstro
Foi a pessoa que me fez isso,
A causa não o efeito.

Vida e tragédia


O desgaste de minha mente
Os meus desejos secretos
Enganam-me fatalmente
Em fatos inquietos

Por um minuto vivo em paz
E me perdôo por um segundo
Agora que não lembro mais
Culpo diretamente o mundo

Afogo as próprias lembranças
Para não continuar sofrendo
Tento plantar esperanças
Que não terminem me destruindo

E vivo seguindo nessa estrada
Uma amarga dor profunda
Em uma gaveta gelada
Uma tristeza moribunda