terça-feira, 12 de agosto de 2008

Vociferações


Orquídea que me abraça fortemente
Não quer soltar meu coração,
Enganou-me a sua flor reluzente,
A beleza,o som de uma canção.

Varreu toda minha integridade
Na cidade mais solitária,
Mesmo assim não sei o que faria
Sem olha-la todo dia.

Nada pode me separar agora
Antes do meu sono eterno,
Não sofra mais todo inverno
Em ritmos que não tem hora.

As vociferações do passado
Ainda me atormentam a noite
Mas ela está do meu lado,
Esqueça tudo que existe.

Pensando em mudar


Eu nunca fui pagina em branco
Nem uma coisa qualquer assim,
Ou a dor entre sombra e vacuo.

Não quero acordar sozinho de manhã,
Ter que correr sem saber de quê,
Me dar conta de que tanta dor
É resultado de toda sua ausência.

Não sei se posso continuar desse jeito,
Nem sei se posso fazer minha vontade
Talvez eu tenha de ser muito radical
Me livrar de tudo que me faz mal,
Não sei se o que vivo é de verdade.

Será bem mais que um segundo
Ou que um breve piscar de olhos,
Não estarei aqui mais nesse mundo,
Não poderei mais estar ao seu lado
Quando você souber quem deveria ter amado,
Já serei as cinzas de meu próprio incêndio.

Desde o começo


Ela apareceu em um dos meus sonhos
E no dia seguinte eu a conheci
Logo após esse grande momento
Toda natureza e toda a logica
Foram embora ás sombras
Junto a minha forma de viver.

Em tudo que faço,te encontro,
Por isso a vida corre desse jeito.
Você sabe que eu não posso chorar
E que gosto de ficar ao seu lado
E gosto de ficar assim bem calado
Preciso ficar te escutando.

Eu preciso que você precise de mim
Tenho precisão de te ouvir
Queria muito que estivesse aqui
Alguem que está em meu consciente
Insiste em cair em pranto
Somente nessa madrugada.

Deitar e dormir


Quando partir eu quero meus sonhos!
Quero que tudo seja o que nunca foi,
E quando houver lágrimas que seja
Pela saudade de décadas atrás
Não pela saudade que sinto hoje.
A minha intimidade não é pensamento,
É apenas o que se pode tocar,concreto.
O fracasso é um dos principais assuntos
Está fora do cotidiano da minha mente
Ficarei sentado esperando?
Nunca!sou inquieto,não passageiro!
Por toda vida serei apenas isso,
A existência que habita quatro paredes,
Logo após o final de meu devido tempo.
Haverá motivos para minha felicidade
Mas já será tarde para tal fim!

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Ainda não


Nunca terei de volta o tempo que perdi
ainda que eu me desespere não adianta
insistir talvez não me leve a nada e
antes que o tempo acabe não estarei lá,
nada importa se um dia eu te perder
estarei entre eu e meu próprio ser.

Talvez meus propósitos se acabem
em uma ultima lágrima depressiva
ao som do vento cortando a noite,
mesmo que me volte a eternidade,
onde eu sempre deveria estar.

Eu não deveria mais estar nesse lugar
tentando mergulhar em seus olhos
e me desesperando entre essa pagina,
reescrevendo uma nova tentativa,
nadando entre o nada e o vazio,
afogando minha triste razão,
mentindo pra mim mesmo.
Entendo o que se passa entre nos
mas nada me faz apagar tal lembrança.